Aproveitando a vibe de renovação que o mês da Páscoa nos traz, vamos, nesse artigo, dar uma nova chance para o nosso mesmo trabalho nos fazer mais felizes. Como? Vem comigo!

Todo relacionamento, se não for bem cuidado, cai na rotina e perde o brilho e as borboletas no estômago em meio à mesmice. Na relação com o trabalho, não é diferente. É preciso dar uma checada de vez em quando no que pode melhorar para mantermos “a energia, aqui óh… lá em cima!”, como diria o Renan, do Choque de Cultura (nosso conterrâneo, inclusive!). Não é raro encontrar matérias incentivando as pessoas a largarem tudo e começarem uma vida nova fazendo o que amam (inclusive, escrever um artigo desse naipe está nos meus planos de pautas futuras! Aguardem!) Mas sabemos que, na vida real, nem sempre é simples assim. Temos contas para pagar e não dá para, simplesmente, jogar tudo pro alto, sem, ao menos, se planejar. E o que fazer enquanto isso? Sofrer no trabalho até conseguir se desvencilhar. Nem a pau, certo, Juvenal?

Bora aprender como fazer para voltar a ser feliz na área profissional, permanecendo no trabalho que se tem, até conseguir coisa melhor. É mais palpável do que a gente pode imaginar. Não vou dizer que é fácil, mas é simples. Leia até o final e tenho certeza que você vai concordar.

Ser feliz é um exercício diário

“Felicidade dá trabalho”, diz a Professora e Pesquisadora de Psicologia Positiva e Ciências Cognitivas, Laurien Santos, sobre a disciplina que marcou a história da Universidade de Yale, com o curso mais procurado pelos alunos em mais de 300 anos. Laurie dá Aulas de “Happiness and Good Life”(Felicidade e Boa Vida).

[Se você saca de inglês, dá para ter uma palhinha aqui nesse vídeo, onde tanto a Laurie, quanto uma professora de Divindade e Estudos Religiosos e um professor de Filosofia, ambos também de Yale, respondem “O que fazer para uma vida feliz” e “Qual é a relação entre uma vida feliz e uma vida boa”, numa palestra promovida pela Universidade.]

O sucesso foi tanto que Laurie preparou uma versão online, que está disponível, gratuitamente, na plataforma Cousera, denominado “The Science of Well-Being”, e eu já me inscrevi, obviamente. Porque a vida tá boa, mas sempre pode melhorar, né, mores? Afinal, se especializar em ser feliz é chique demais, e não custa nada (literalmente, no caso)! Partiu ficar fera nisso aí, e, sair exercitando e partilhando os saberes com os outros por aí, que o mundo “tá precisado”.

Na prática, o curso não tá pra brincadeira, não. Tem até trabalho final! E nas aulas regulares são apresentados aos alunos argumentos científicos que comprovam que as sensações de bem-estar, promovidas a partir de pequenas ações diárias, provocam alterações cerebrais positivas.

Dividido em etapas que vão desde entender os equívocos que aprendemos sobre a felicidade, e por que nossas expectativas são tão ruins quanto às coisas que realmente nos fazem felizes, até o desenvolvimento de um projeto de conclusão, o curso sugere 5 passos práticos para alcançar a felicidade.

Continue lendo para você ver como Dona Canô, mãe de Caetano e Bethânia, tinha razão quando disse sua célebre frase:

“Ser feliz é pra quem tem coragem”!

O Caminho da Felicidade

Segundo Laurie é preciso se reprogramar para ser mais feliz e saudável. Ela chama isso de “Hackear-se” – nome dado ao projeto final que os alunos têm que apresentar, transformando toda teoria em uma estratégia para praticar o que aprenderam. Citando a psicóloga Sonja Lyubomirsky ela lembra que ser feliz é como se tornar um astro de futebol ou aprender a tocar um instrumento. Não é algo que se nasça sabendo. Tem que praticar para ser cada vez melhor. “A ciência mostra que ser feliz exige um esforço intencional”, acrescenta. “Você tem que investir tempo”.

E para alcançar o objetivo de ser mais feliz, não só no mesmo trabalho, mas na vida, a professora ensina 5 tarefinhas delícia, com base científica:

1. Lista diária de GRATIDÃO:

Ao final de cada dia, os alunos devem listar pelo menos 5 motivos de gratidão, por uma semana, no mínimo. O ideal é incluir esse hábito na sua rotina, porque apesar de simples, os resultados vistos em quem põe em prática esse exercício com frequência são visíveis, segundo a professora.

Aqui no 4Work estamos inaugurando o “Potinho da Gratidão”, junto com esse artigo! À partir de hoje nossos 4Workers se tornarão ainda mais felizes, com a possibilidade de praticar essa tarefa simples, por terem um espaço reservado para depositarem, diariamente, os motivos pelos quais são gratos.

2. Tempo para MEDITAÇÃO:

Separe 10 minutos por dia para meditar. Estudos comprovam que a meditação e outras práticas de atenção plena ajudam as pessoas a serem mais felizes.

Se estiver no aperto, ou na correria, sob muito stress no trabalho, a dica forte é o banheiro! Quem nunca, não é mesmo? E todo mundo respeita! Como são 10 minutos, escolha um banheiro menos disputado, se houver. E apesar de ser tentador, tente não fazer o número 2, para que possa respirar fuuuundo e soltar lentamente, sem maiores danos olfativos. (Risos!)

3. DURMA mais:

Talvez seu trabalho ou suas demandas não permitam (principalmente se você for mulher e/ou mãe, que, acaba tendo jornada dupla ou tripla de trabalho, somando atividades dentro e fora de casa), mas o desafio do curso é dormir 8 horas por noite, durante uma semana. “Pode parecer bobeira, mas é comprovado que o aumento do sono diminui depressão e aumenta a positividade”, diz Laurie.

4. Tenha mais TEMPO LIVRE:

É isso mesmo. Para ser mais feliz no mesmo trabalho, e na vida, trabalhe menos. Santos conta que a pesquisa mostrou que apesar de muitas vezes relacionarmos riqueza com a quantidade de dinheiro que temos, o sentimento está mais ligado à quantidade de tempo livre. Logo, “time is money”, real oficial! Num sentido completamente inverso e revolucionário!

Dê ao seu tempo o valor que ele realmente tem e invista no que tem valor de verdade: relacionamentos. Passe mais tempo com seus amigos e família. Separe tempo para estar à sós com você mesmo e se curtir, sem fazer nada ou fazendo o que gosta.

“Se você está sacrificando seu tempo trabalhando mais para ganhar mais dinheiro, saiba que essa não é uma boa escolha. Seria mais sábio e saudável optar por ter mais tempo livre”, conclui Laurie.

5. Faça mais CONEXÕES REAIS do que virtuais:

Não é difícil admitir que, se relaxarmos, acabamos passando muito tempo nas redes sociais, não é mesmo? E a distração é tanta que para evitar que as pessoas eliminem pra sempre as plataformas de suas vidas ao perceberem o quanto estão absortas por elas, algumas já disponibilizam alertas configuráveis mostrando quantas horas gastamos no aplicativo por dia.

Você já parou para pensar o que realmente estamos buscando enquanto passamos tanto tempo na internet? A Dra Laurie adverte que não devemos nos deixar enganar pelas sensações de satisfação oferecidas por essas redes, que de fato nos enredam. Porque as pesquisas mostram, que, na verdade, as pessoas que mais usam redes sociais, como Instagram, tendem a ser menos felizes do que as que usam menos.

Nitidamente, nossa necessidade de sociabilidade não é, de fato, suprida pelo nível de relação que as redes sociais nos oferecem. Precisamos de olho no olho, calor de abraço, bafo do outro (argh!)!

Sem contar a frustração de perceber quanto do nosso precioso tempo foi tomado, quando poderíamos ter aproveitado de forma a conquistar felicidade de verdade.

Provas concretas de que dá certo

Se você, durante a leitura, foi daqueles que pensou: pra mim não vai dar certo isso, não. Muito simples… Será que funciona? Ou se está entre os que  pensam que sua situação é triste demais para esses passos simples te ajudarem a ser mais feliz, nós separamos links com histórias que comprovam que colocar um ou mais desses passos em prática leva, sim, à uma vida mais feliz e satisfatória. Clique e inspire-se!


Esses são pequenos exemplos brasileiros. Sem contar os que viraram filme em Hollywood, como em “Estrelas Além do Tempo”, “Em Busca da Felicidade”, “Patch Adams”, “Homens de Honra”, “Mãos talentosas” e outros.

Eai?

Viu como não é difícil, de fato? Agora que você já sabe o que fazer, pode sair cantando por aí: “estou há 5 passÚs… dú paraíso”! (Referência é aquilo: quem pegou, pegou!)